Colóquio Internacional: Reversibilidade dos Espaços Sagrados: Al-Andalus e o Mediterrâneo Ocidental (Séculos XI-XIII) Data 2-4 de Março de 2023 Locais Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2-3 de Março) Gabinete de Estudos Olisiponenses (3 de Março) Castelo de São Jorge (4 de Março) Organização Hermenegildo Fernandes (CH-ULisboa) Manuel Fialho Silva (CH-ULisboa / GEO) Jacinta Bugalhão (UNIARQ) Descarregar cartaz Descarregar programa Website do colóquio |
A partir de um debate sobre as recentes descobertas arqueológicas no claustro da Sé de Lisboa, interrogamos aqui a reversibilidade dos espaços sagrados como forma simbólica de tomada de posse política e social. O ponto de partida determina a cronologia, as escalas de observação, assim como o problema dominante em estudo. Os limites cronológicos, em linha com os dos níveis recém-descobertos do claustro da Sé, imediatamente anteriores e imediatamente posteriores à conquista cristã da madina Ushbuna em 1147 (em todo o caso anteriores a 1300), correspondem grosso modo ao período do refluxo do al-Andalus face à pressão militar dos reinos cristãos (1064-1249). Esse momento determina uma importante reafectação dos espaços sagrados, com a transformação de muitas mesquitas em igrejas. Como e qual a extensão desse processo são as perguntas que procuraremos aqui responder. Alguns paralelos com exemplos preliminares de reversibilidade dos espaços, sobretudo aqueles que decorrem das conquistas islâmicas no Mediterrâneo e na Hispânia (séculos VII-IX) serão também ensaiados. A observação parte da escala local que é a de Lisboa, para o conjunto do Gharb, o al-Andalus, mas também a África e a Sicília, procurando-se regularidades e diferenças. A abordagem necessariamente interdisciplinar junta os contributos cruzados de historiadores, arqueólogos e historiadores da arte.
Os mais importantes diplomas emanados e recebidos pelos reis portugueses, assim como outros documentos relativos à administração do Reino e da Coroa, terão sido guardados numa das torres do Castelo de São Jorge desde, pelo menos, o ano de 1378 até ao terramoto de 1755. O arquivo da Coroa conheceria no Castelo o seu primeiro lugar fixo, onde guardas-mores e demais funcionários se atarefavam a transcrever para os seus livros documentos régios e outras determinações com impacto na vida do Reino, assim como a conservar, em caixas e armários, papéis vindos de diversas partes do Mundo; do mesmo modo, copiavam-se novos documentos que partiriam, de seguida, por terra ou por mar.
O colóquio pretende explorar o Castelo de São Jorge como arquivo régio e da Coroa e encontra-se integrado na iniciativa “Os usos do Castelo: Produção textual e Arquivo documental”. Considerando cerca de quatro séculos de história, procurar-se-á refletir sobre o espaço físico que albergou a documentação preservada, e a forma de organização deste arquivo, assim como os intervenientes que nele trabalharam. Pensar-se-á em que medida foi um espaço de intensa atividade de escrita, promovendo uma intensa troca de informação política, diplomática, social e cultural com o mundo conhecido. O Castelo não foi apenas o arquivo de um Reino, foi também o arquivo das terras de além-mar.
O Nô Pintcha, fundado em 1975, é um dos títulos de maior longevidade da África lusófona. Do fulgor revolucionário dos primeiros anos, em que saía três vezes por semana, às dificuldades das décadas seguintes, nunca deixou de noticiar a vida guineense. A caminho da sua quinta década de vida, acumulou um espólio incontornável para a história do país.
As vicissitudes históricas dispersaram o arquivo dos números publicados, tornando praticamente impossível a sua consulta. Agora, com a colaboração do Estado da República da Guiné Bissau, o Centro de História da Universidade de Lisboa disponibiliza a quase totalidade da coleção do Nô Pintcha, em acesso aberto e sem barreiras. Um arquivo único no mundo, de mais de 1500 números, totalizando para cima de 12 mil páginas. A digitalização do Nô Pintcha integra-se numa linha mais vasta de publicação de fontes para a história de África, estando já em processo de tratamento o jornal Ecos da Guiné, um dos primeiros títulos publicados na Guiné-Bissau, dos anos 20 do século XX. O tratamento arquivístico do Nô Pintcha foi coordenado pelo Prof. Augusto Nascimento, docente e investigador da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A coleção foi generosamente cedida pelo Eng. Daniel Nunes, profissional com vasta experiência no setor agrícola em África e um bibliófilo singular e de reconhecido mérito, protagonista do recente documentário Daniel e Daniela, realizado por Sofia Pinto Coelho. A sessão de lançamento, com a presença dos embaixadores da Guiné-Bissau, Dr. Hélder Vaz Lopes, e de Cabo Verde, Dr. Eurico Correia Monteiro, decorre no Anfiteatro II da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dia 29 de Setembro às 18h00.
Seminários Imagética e Conexões Mundiais | Mestiçagens no Mundo Moderno | 20.09.2022 | "Online"16/9/2022
MESTIÇAGENS NO MUNDO MODERNO
Eduardo França Paiva, Professor da Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil) Por que estudar as mestiçagens? Isnara Pereira Ivo, Professora da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Brasil) Sertões conectados, “homens de caminho” e famílias mestiças Márcio de Sousa Soares, Professor da Universidade Federal Fluminense (Brasil) Casamentos e dinâmicas das mestiçagens na capitania do Piauí e em São Luis do Maranhão (século XVIII) Maria Lemke, Professora da Universidade Federal de Goiás (Brasil) De mulatas a donas: mobilidade social nos sertões da América lusa, c. 1780-1840 Roberto Guedes, Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (Brasil) Agentes das mestiçagens (São Gonçalo e Rio de Janeiro, séculos XVIII e XIX)
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Candidaturas abertasPrograma Interuniversitário de Doutoramento em História: mudança e continuidade num mundo global (PIUDHist) 2023-2024
Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Chamadas / CallsCiclo de Seminários
2023-2024 Caminhos da Historiografia: História e Ciências Sociais dos anos 40 à atualidade Prazos: 25 de Abril e 31 de Julho ExposiçõesCiclos CH-ULisboaNewsletter CH-ULisboaSubscreva a nossa newsletter
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