Centre for History of the University of Lisbon - Centro de História da Universidade de Lisboa
  • Abertura
  • O Centro
    • Apresentação
    • Plano Estratégico
    • Estatutos
    • Órgãos de Gestão e Acompanhamento >
      • Direcção
      • Comissão Científica
      • Comissão Coordenadora
      • Comissão Externa de Acompanhamento Científico
    • Organização Científica >
      • Grupos de investigação
    • Programas de Pós-Graduação
    • Extensão Científica
    • Protocolos
    • Press Corner
    • Logótipos do CH-ULisboa
    • Contactos e localização
  • Equipa
    • Investigadores Doutorados Integrados
    • Investigadores Não Doutorados Integrados
    • Investigadores Colaboradores
    • Investigadores Eméritos
    • Investigadores Visitantes
    • Bolseiros de Projectos
    • Secretariado
    • Área do Investigador
  • Projectos
    • Projectos Europeus
    • Projectos FCT
    • Projectos CH-ULisboa
  • Recursos
    • Recursos Online >
      • Fontes Primárias
      • Dicionários
      • Estudos
    • Repositório CH-ULisboa
    • Espaços de trabalho
  • Publicações
    • Open Access
    • CH-ULisboa Edições Próprias >
      • Revistas >
        • Cadmo - Revista de História Antiga
        • Clio
        • Do Tempo e da História
      • Colecções >
        • Atlantica
        • Historiographica
      • Monografias
      • Co-Edições
    • Outras Publicações
    • Permutas e Doações
    • Catálogo de Publicações
    • Como publicar no CH-ULisboa
  • Agenda
    • Calendário CH-ULisboa
    • Newsletter CH-ULisboa
    • Fora do CH-ULisboa

Trabalhadores sem sindicatos e sindicatos sem trabalhadores - problemas do trabalho em Angola (1950-1965) | Seminários CH-ULisboa | História de África

19/9/2018

 
Org. Centro de História da Universidade de Lisboa
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 26 de Setembro de 2018, Sala 2.13, às 18:00
Maciel Santos
Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto
Faculdade de Letras da Universidade do Porto

Entre 1950 e 1965, as exportações angolanas aumentaram 2,5 vezes. Todas elas - café, diamantes, sisal, milho, algodão e outras do setor primário -  eram produzidas por cerca de 300 mil assalariados “indígenas” e por milhares de camponeses “autónomos”, cujo estatuto civil os excluía de qualquer organização sindical. Apesar de a maioria continuar sujeita ao “contrato”, isto é , ao trabalho forçado, a escassez da proletarização angolana começava então a pressionar no sentido da alta salarial. Paralelamente ao mundo rural, dois sindicatos (o SNECI e o SNMFM)  enquadravam obrigatoriamente os trabalhadores “especializados”, urbanos  e não “indígenas”– o total dos sindicalizados não chegava aos 44 mil.
A partir de 1961, a continuação do boom agrícola e mineiro, a pressão internacional e sobretudo a ação militar dos movimentos nacionalistas alterou as relações laborais. O estatuto do indigenato foi abolido (1961) e promulgado um novo Código do Trabalho (1962).  Nas minas e plantações, a formação de um mercado de trabalho mais real trouxe reivindicações operárias mas não o reconhecimento de organizações laborais novas.
Por sua vez, os movimentos nacionalistas, tanto para se afirmarem como para receberem fundos internacionais, criaram centrais sindicais como extensão dos partidos (LGTA, UNTA, UTONA, CSLA, OBRANG, CGTA). A maioria funcionava no exílio (Congos Brazza e Leopoldville) ou apenas no papel. Nos anos 1961-1965, a mais representativa terá sido certamente a LGTA, a central da UPA/FNLA visto enquadrar sindicalmente grande parte dos milhares de refugiados do Norte de Angola a viver no Congo ex-belga.
O paradoxo sindical angolano – uma significativa classe trabalhadora (agrícola, mineira e depois industrial) sem sindicatos e organizações sindicais no exílio quase sem trabalhadores em Angola – marcou assim a década de 1960, na qual os conflitos industriais foram crescendo até chegar à explosão de greves de 1974.

______________________________________________________________

Maciel Santos
Centre for African Studies of the University of Oporto
School of Arts and Humanities of the University of Oporto
 
Workers with no Unions and Unions with no workers – labour issues of Angola (1950-1965)
 
From 1950 to 1965, Angolan exports increased 2,5 times. All of them – coffee, diamonds, sisal, corn, cotton and other raw products – were the product of around 300 thousands “indigenous” workers and of thousands of African peasants. None of them were allowed to become Union members of any sort and many still worked under forced labour condition. Nevertheless, the export boom favoured a trend for higher wages since the mid 1950’s. Meanwhile in the cities, two politically controlled Unions framed the few industrial (mostly European) workers.
In the early 1960’s, another upsurge of exports, the international pressure but mainly the outburst of the Liberation movements changed the labour framework. The Indigenous Statute was abolished (1961) and a new Labour Law was set (1962). In the mines and plantations, labour demands found a more favourable environment but still no real Unions were allowed.
By then the nationalist movements were eager to organise their own Unions, most of them just a cover for international funding and without real impact. The most representative – LGTA, the Confederation organised by UPA/FNLA – operated in exile but benefited from the unionisation of some thousands of Northern Angolans fled from the war.
The Union paradox of Angola – an important working class with no real Unions and African unions in exile with almost no workers in Angola – endured during the following years. It was followed by the strike burst of 1974, already under a new political setting.


Mais informações:
Descarregar cartaz / Download poster
Imagem

Comments are closed.

    Candidaturas abertas

    Fotografia
    Programa Interuniversitário de Doutoramento em História: mudança e continuidade num mundo global (PIUDHist) 2023-2024
    Fotografia
    Concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual - 6.ª Edição

    Chamadas / Calls

    Fotografia
    Ciclo de Seminários 
    2023-2024
    Caminhos da Historiografia: História e Ciências Sociais dos anos 40 à atualidade

    Prazos: 25 de Abril e 31 de Julho
    Fotografia
    “The Gods of Antiquity in Contemporary Popular Culture” | Online Seminar |  13th June 2023 | Call for Papers | Deadline for submission: 30th April 2023
    Fotografia
    The Queen’s Resources 2
    The Economic Power of Royal Women in Premodern World | October 25-27, 2023
    ​Deadline: May 30, 2023
    Fotografia
    III Simpósio Internacional de História do Oriente
    ​III International Symposium on the History of Asia
    Deadline: 15 de junho de 2023 / June 15, 2023
    Fotografia
    Congresso Internacional. As Consciências Religiosas perante o Colonialismo: Vivências e Legados
    ​Data-limite: 1.10.2023

    Ciclos CH-ULisboa

    Fotografia
    Ciclo Tubos de Ensaio 2023

    Newsletter CH-ULisboa

    Arquivo | Archive
    Subscreva a nossa newsletter

    Filtros 
    Filters

    Tudo
    Bolsas
    Call For Papers
    Call For Publications
    Candidaturas
    Cursos De Verão
    Cursos Livres
    Encontros Científicos
    Exposições
    Lançamento De Livros
    Lançamento De Livros
    Notícias CH ULisboa
    Outros
    Publicações


    Arquivo de eventos
    Events archive


    Arquivo / Archive

    Todos 

    Dezembro 2023
    Março 2023
    Fevereiro 2023
    Janeiro 2023
    Dezembro 2022
    Novembro 2022
    Outubro 2022
    Setembro 2022
    Julho 2022
    Junho 2022
    Maio 2022
    Abril 2022
    Março 2022
    Fevereiro 2022
    Janeiro 2022
    Dezembro 2021
    Novembro 2021
    Outubro 2021
    Setembro 2021
    Agosto 2021
    Julho 2021
    Junho 2021
    Maio 2021
    Abril 2021
    Março 2021
    Fevereiro 2021
    Janeiro 2021
    Dezembro 2020
    Novembro 2020
    Outubro 2020
    Setembro 2020
    Agosto 2020
    Julho 2020
    Junho 2020
    Maio 2020
    Abril 2020
    Março 2020
    Fevereiro 2020
    Janeiro 2020
    Dezembro 2019
    Novembro 2019
    Outubro 2019
    Setembro 2019
    Agosto 2019
    Julho 2019
    Junho 2019
    Maio 2019
    Abril 2019
    Março 2019
    Fevereiro 2019
    Janeiro 2019
    Dezembro 2018
    Novembro 2018
    Outubro 2018
    Setembro 2018
    Julho 2018
    Junho 2018
    Maio 2018
    Abril 2018
    Março 2018
    Fevereiro 2018
    Janeiro 2018
    Dezembro 2017
    Novembro 2017
    Outubro 2017
    Setembro 2017
    Julho 2017
    Junho 2017
    Maio 2017
    Abril 2017
    Março 2017
    Fevereiro 2017
    Janeiro 2017
    Dezembro 2016
    Novembro 2016
    Outubro 2016
    Setembro 2016
    Julho 2016
    Junho 2016
    Maio 2016
    Abril 2016
    Março 2016
    Fevereiro 2016
    Dezembro 2015
    Novembro 2015
    Outubro 2015
    Setembro 2015
    Junho 2015
    Maio 2015
    Abril 2015
    Março 2015
    Fevereiro 2015
    Dezembro 2009
    Maio 2008


    Feed RSS

Powered by Create your own unique website with customizable templates.