Estado do projecto: Em curso
Período de actividade: 2023-2024
REF:
Finaciamento: Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.
Unidade de investigação: Centro de História da Universidade de Lisboa
Instituição: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Investigador principal: Abraham I. Fernández Pichel (CH-ULisboa)
Co-investigador responsável: Rogério Sousa (CH-ULisboa)
Investigadores: Eleanor Dobson; Filip Taterka; José das Candeias Sales (CH-ULisboa); Nuno Simões Rodrigues (CH-ULisboa); Samuel Neftalí Fernández; Sara Woodward; Tara Sewell-Lasater; Thomas Gamelin; Guillermo Juderías; Leire Olabarría; Alfonso Álvarez-Ossorio; Jean-Guillaume Olette-Pelletier; Marc Orriols-Llonch
A recepção de temas e motivos egípcios e a sua influência em várias esferas culturais tem sido comum nas artes figurativas e na literatura dos últimos séculos. Durante os séculos XIX e XX, principalmente na Europa e América, muitos estilos e concepções artísticas mostram esta corrente de "Egyptomania", o que torna explícito o diálogo estabelecido entre passado e presente através de uma reelaboração e releitura consciente do primeiro em cada momento histórico subsequente.
O aparecimento de novos meios de comunicação e a sua enorme difusão nas últimas décadas do século XX e neste século aumentou e diversificou ainda mais os exemplos deste diálogo. A chamada "Cultura Popular" ou "Cultura Pop" (cinema, literatura de ficção de género, séries de TV, banda desenhada, graffiti, jogos de computador e vídeo, rock e música pesada, entre outros) faz frequentemente uso de motivos extraídos da observação e do estudo de culturas passadas, que foram actualizadas e reinterpretadas desta forma. Entre essas culturas, destaca-se a do Egipto faraónico. Ícones como as esfinges e as pirâmides são amplamente utilizados na publicidade e no marketing, os filmes situam algumas dos seus enredos no Antigo Egipto, e as bandas desenhadas e as séries de televisão mostram frequentemente fantasias galácticas inspiradas por mundos relacionados com o Egipto dos faraós.
Os egiptólogos incluem de forma crescente estas produções e a sua disseminação nos meios de comunicação social entre os seus temas de estudo, criando assim um campo fértil de análise interdisciplinar. Até há 10 anos, este tipo de iniciativa nas universidades europeias e americanas era altamente "exótica" e, como tal, permaneceu à margem do que era considerado "académico" a Egiptologia (que se centrava na chamada "alta cultura": literatura, pintura, artes decorativas, por exemplo). No entanto, publicações e conferências recentes mostram o seu crescente interesse. A par deste tipo de eventos, existe também uma abundante produção bibliográfica, com a publicação frequente de artigos e livros centrados na recepção de motivos egípcios na cultura popular de hoje.
O nosso projecto no Centro de História da Universidade de Lisboa procura fornecer novas provas da interdisciplinaridade entre a Egiptologia e a Cultura Popular. O nome do projecto, "Ich mache mir die (ägyptische) Welt wie sie mir gefällt", adaptado de uma frase de uma conhecida série de televisão sueca dos anos 60 e 70, refere-se a esta dualidade temática. No nosso contexto, resume a reinterpretação consciente do passado nas mentes e criações dos autores contemporâneos, que moldam uma imagem da realidade egípcia, a qual, em cada caso, é determinada pelas suas próprias circunstâncias e contextos.
Em termos de resultados concretos, este projecto visa promover estudos sobre Egiptologia e cultura pop, criando um espaço de debate e intercâmbio científico multidisciplinar. Esta iniciativa colaborativa será canalizada através da criação de uma base de dados em linha de acesso aberto e de uma rede científica, ambas inéditas, que podem ser utilizadas como fonte essencial para futuras pesquisas a nível nacional e internacional. Procura também proporcionar novas abordagens às múltiplas recriações do Antigo Egipto na cultura popular contemporânea.
Esta rede de investigadores em Egiptologia e cultura popular será integrada não só por académicos e utilizadores do mundo ocidental, mas também de outras áreas culturais, tais como África e Ásia, cujas manifestações culturais e meios de comunicação social são menos conhecidos do público ocidental.
Diferentes formas de colaboração estão a ser estabelecidas com outros colegas de diferentes especialidades e ligadas a diferentes universidades. A este respeito, não hesite em contactar-nos se estiverem interessados em colaborar com o projecto.
Período de actividade: 2023-2024
REF:
Finaciamento: Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.
Unidade de investigação: Centro de História da Universidade de Lisboa
Instituição: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Investigador principal: Abraham I. Fernández Pichel (CH-ULisboa)
Co-investigador responsável: Rogério Sousa (CH-ULisboa)
Investigadores: Eleanor Dobson; Filip Taterka; José das Candeias Sales (CH-ULisboa); Nuno Simões Rodrigues (CH-ULisboa); Samuel Neftalí Fernández; Sara Woodward; Tara Sewell-Lasater; Thomas Gamelin; Guillermo Juderías; Leire Olabarría; Alfonso Álvarez-Ossorio; Jean-Guillaume Olette-Pelletier; Marc Orriols-Llonch
A recepção de temas e motivos egípcios e a sua influência em várias esferas culturais tem sido comum nas artes figurativas e na literatura dos últimos séculos. Durante os séculos XIX e XX, principalmente na Europa e América, muitos estilos e concepções artísticas mostram esta corrente de "Egyptomania", o que torna explícito o diálogo estabelecido entre passado e presente através de uma reelaboração e releitura consciente do primeiro em cada momento histórico subsequente.
O aparecimento de novos meios de comunicação e a sua enorme difusão nas últimas décadas do século XX e neste século aumentou e diversificou ainda mais os exemplos deste diálogo. A chamada "Cultura Popular" ou "Cultura Pop" (cinema, literatura de ficção de género, séries de TV, banda desenhada, graffiti, jogos de computador e vídeo, rock e música pesada, entre outros) faz frequentemente uso de motivos extraídos da observação e do estudo de culturas passadas, que foram actualizadas e reinterpretadas desta forma. Entre essas culturas, destaca-se a do Egipto faraónico. Ícones como as esfinges e as pirâmides são amplamente utilizados na publicidade e no marketing, os filmes situam algumas dos seus enredos no Antigo Egipto, e as bandas desenhadas e as séries de televisão mostram frequentemente fantasias galácticas inspiradas por mundos relacionados com o Egipto dos faraós.
Os egiptólogos incluem de forma crescente estas produções e a sua disseminação nos meios de comunicação social entre os seus temas de estudo, criando assim um campo fértil de análise interdisciplinar. Até há 10 anos, este tipo de iniciativa nas universidades europeias e americanas era altamente "exótica" e, como tal, permaneceu à margem do que era considerado "académico" a Egiptologia (que se centrava na chamada "alta cultura": literatura, pintura, artes decorativas, por exemplo). No entanto, publicações e conferências recentes mostram o seu crescente interesse. A par deste tipo de eventos, existe também uma abundante produção bibliográfica, com a publicação frequente de artigos e livros centrados na recepção de motivos egípcios na cultura popular de hoje.
O nosso projecto no Centro de História da Universidade de Lisboa procura fornecer novas provas da interdisciplinaridade entre a Egiptologia e a Cultura Popular. O nome do projecto, "Ich mache mir die (ägyptische) Welt wie sie mir gefällt", adaptado de uma frase de uma conhecida série de televisão sueca dos anos 60 e 70, refere-se a esta dualidade temática. No nosso contexto, resume a reinterpretação consciente do passado nas mentes e criações dos autores contemporâneos, que moldam uma imagem da realidade egípcia, a qual, em cada caso, é determinada pelas suas próprias circunstâncias e contextos.
Em termos de resultados concretos, este projecto visa promover estudos sobre Egiptologia e cultura pop, criando um espaço de debate e intercâmbio científico multidisciplinar. Esta iniciativa colaborativa será canalizada através da criação de uma base de dados em linha de acesso aberto e de uma rede científica, ambas inéditas, que podem ser utilizadas como fonte essencial para futuras pesquisas a nível nacional e internacional. Procura também proporcionar novas abordagens às múltiplas recriações do Antigo Egipto na cultura popular contemporânea.
Esta rede de investigadores em Egiptologia e cultura popular será integrada não só por académicos e utilizadores do mundo ocidental, mas também de outras áreas culturais, tais como África e Ásia, cujas manifestações culturais e meios de comunicação social são menos conhecidos do público ocidental.
Diferentes formas de colaboração estão a ser estabelecidas com outros colegas de diferentes especialidades e ligadas a diferentes universidades. A este respeito, não hesite em contactar-nos se estiverem interessados em colaborar com o projecto.
Project status: Ongoing
Execution period: 2023-2024
REF:
Research unit: Centre for History of the University of Lisbon
Institution: School of Arts and Humanities of the University of Lisbon
Principal investigator: Abraham I. Fernández Pichel (CH-ULisboa)
Co-investigator: Rogério Sousa (CH-ULisboa)
Research team: Eleanor Dobson; Filip Taterka; José das Candeias Sales (CH-ULisboa); Nuno Simões Rodrigues (CH-ULisboa); Samuel Neftalí Fernández; Sara Woodward; Tara Sewell-Lasater; Thomas Gamelin; Guillermo Juderías; Leire Olabarría; Alfonso Álvarez-Ossorio; Jean-Guillaume Olette-Pelletier; Marc Orriols-Llonch
The reception of Egyptian themes and motifs and its influence in various cultural spheres has been commonplace in the figurative arts and literature of the last centuries. During the 19th and 20th centuries, mainly in Europe and America, many artistic styles and conceptions show this current of “Egyptomania”, which makes explicit the dialogue established between past and present through a conscious re-elaboration and re-reading of the former in each subsequent historical moment.
The appearance of new media and their enormous diffusion in the last decades of the 20th century and so far this century have increased and further diversified the examples of this dialogue. The so-called “Popular Culture” or “Pop Culture” (cinema, genre fiction literature, TV-series, comics, graffiti, computer and video games, rock and heavy music, among others) often makes use of motifs drawn from the observation and study of past cultures, which have been updated and reinterpreted in this way. Among them, the attention paid to Pharaonic Egypt stands out. Icons such as sphinxes and pyramids are used extensively in publicity and marketing, films set some of their stories in Ancient Egypt, and comics and TV-series often show galactic fantasies inspired by worlds related to the Egypt of the Pharaohs.
Increasingly, Egyptology scholars are including these productions and their dissemination in the mass media among their subjects of study, thus creating a fertile field of interdisciplinary analysis. Until 10 years ago, this type of initiative in European and American universities was highly “exotic” and, as such, remained on the fringes of what was considered “academic” Egyptology (which focused on the so-called “high culture”: literature, painting, decorative arts, for instance). However, recent publications and conferences show their growing interest. Alongside this type of event, there is also an abundant bibliographical production, with the frequent publication of articles and books focusing on the reception of Egyptian motifs in today's popular culture.
Our project in the History Center of the University of Lisbon seeks to provide new evidence of the interdisciplinarity between Egyptology and Popular Culture. The title of the project, “Ich mache mir die (ägyptische) Welt wie sie mir gefällt”, adapted from a phrase from a well-known Swedish TV-series of the 1960s and 1970s, refers to this thematic duality. In our context, it summarises the conscious reinterpretation of the past in the minds and creations of contemporary authors, who shape an image of the Egyptian reality that in each case is determined by their own circumstances and contexts.
In terms of concrete outputs, this project aims to promote these studies on Egyptology and pop culture by creating a space for multidisciplinary scientific debate and exchange. This collaborative initiative will be channelled through the creation of a free-access online database and a scientific network, both unparalleled, which can be used as an essential source for future research nationally and internationally. It also seeks to provide new approaches to the multiple recreations of Ancient Egypt in contemporary popular culture.
This network of researchers in Egyptology and popular culture will be not only integrated by scholars and users from the Western world but also from other cultural areas, such as Africa and Asia, whose cultural manifestations and mass media are less known to the Western public.
Different forms of collaboration are being established with other colleagues from different specialities and linked to different universities. In this respect, please do not hesitate to contact us if any of you would be interested in collaborating to the project.
Execution period: 2023-2024
REF:
Research unit: Centre for History of the University of Lisbon
Institution: School of Arts and Humanities of the University of Lisbon
Principal investigator: Abraham I. Fernández Pichel (CH-ULisboa)
Co-investigator: Rogério Sousa (CH-ULisboa)
Research team: Eleanor Dobson; Filip Taterka; José das Candeias Sales (CH-ULisboa); Nuno Simões Rodrigues (CH-ULisboa); Samuel Neftalí Fernández; Sara Woodward; Tara Sewell-Lasater; Thomas Gamelin; Guillermo Juderías; Leire Olabarría; Alfonso Álvarez-Ossorio; Jean-Guillaume Olette-Pelletier; Marc Orriols-Llonch
The reception of Egyptian themes and motifs and its influence in various cultural spheres has been commonplace in the figurative arts and literature of the last centuries. During the 19th and 20th centuries, mainly in Europe and America, many artistic styles and conceptions show this current of “Egyptomania”, which makes explicit the dialogue established between past and present through a conscious re-elaboration and re-reading of the former in each subsequent historical moment.
The appearance of new media and their enormous diffusion in the last decades of the 20th century and so far this century have increased and further diversified the examples of this dialogue. The so-called “Popular Culture” or “Pop Culture” (cinema, genre fiction literature, TV-series, comics, graffiti, computer and video games, rock and heavy music, among others) often makes use of motifs drawn from the observation and study of past cultures, which have been updated and reinterpreted in this way. Among them, the attention paid to Pharaonic Egypt stands out. Icons such as sphinxes and pyramids are used extensively in publicity and marketing, films set some of their stories in Ancient Egypt, and comics and TV-series often show galactic fantasies inspired by worlds related to the Egypt of the Pharaohs.
Increasingly, Egyptology scholars are including these productions and their dissemination in the mass media among their subjects of study, thus creating a fertile field of interdisciplinary analysis. Until 10 years ago, this type of initiative in European and American universities was highly “exotic” and, as such, remained on the fringes of what was considered “academic” Egyptology (which focused on the so-called “high culture”: literature, painting, decorative arts, for instance). However, recent publications and conferences show their growing interest. Alongside this type of event, there is also an abundant bibliographical production, with the frequent publication of articles and books focusing on the reception of Egyptian motifs in today's popular culture.
Our project in the History Center of the University of Lisbon seeks to provide new evidence of the interdisciplinarity between Egyptology and Popular Culture. The title of the project, “Ich mache mir die (ägyptische) Welt wie sie mir gefällt”, adapted from a phrase from a well-known Swedish TV-series of the 1960s and 1970s, refers to this thematic duality. In our context, it summarises the conscious reinterpretation of the past in the minds and creations of contemporary authors, who shape an image of the Egyptian reality that in each case is determined by their own circumstances and contexts.
In terms of concrete outputs, this project aims to promote these studies on Egyptology and pop culture by creating a space for multidisciplinary scientific debate and exchange. This collaborative initiative will be channelled through the creation of a free-access online database and a scientific network, both unparalleled, which can be used as an essential source for future research nationally and internationally. It also seeks to provide new approaches to the multiple recreations of Ancient Egypt in contemporary popular culture.
This network of researchers in Egyptology and popular culture will be not only integrated by scholars and users from the Western world but also from other cultural areas, such as Africa and Asia, whose cultural manifestations and mass media are less known to the Western public.
Different forms of collaboration are being established with other colleagues from different specialities and linked to different universities. In this respect, please do not hesitate to contact us if any of you would be interested in collaborating to the project.