SOLIS - Church of Santa Engrácia/National Pantheon: building campaign, quarries exploited and restoration works
Estado do projecto: Concluído
REF: POCTI/EAT/35063/99
Unidade de investigação principal: Centro de História da Universidade de Lisboa
Investigador responsável: Maria João Neto (ULisboa)
Equipa de investigação: Carlos Alberto Machado Figueiredo (ULisboa); Luís António Aires Barros (ULisboa); Manuel Batoréo (ULisboa); Maria Amélia Alves Rangel Dionísio (ULisboa); Maria João Pita de Azevedo Oliveira Basto (ULisboa); Rui Cores Graça (ULisboa); Vítor Serrão (ULisboa)
Bolseiros do projecto: Fernando Grilo (ULisboa)
Actualmente a necessidade de preservação do nosso Património Arquitectónico obriga a um conjunto de acções que passam pela investigação interdisciplinar abrangendo áreas da Arqueologia,à História da Arte,à Geologia,à Engenharia e à Arquitectura.O estudo da tecnologia da exploração de pedreiras históricas só muito recentemente tem ocupado grupos de trabalho nesta dinâmica interdisciplinar. Tornou-se fundamental o conhecimento de todo o processo que medeia entre a extracção da pedra e o trabalhar desta feito pelo canteiro no Monumento,o que passa pela identificação dos métodos de lavra, instrumentos utilizados,organização laboral existente,sistema de transporte de blocos,etc.Toda esta actividade está na base de um determinado plano mental-artístico que levou à produção de um projecto arquitectónico apoiado por um mecenas,por afirmação, devoção ou simples prazer estético. Assim,paralelamente ao estudo histórico-artístico de um Monumento,o conhecimento de todo este processo tecnológico é determinante na caracterização da proveniência dos materiais pétreos utilizados ao longo das campanhas de obras e de restauros.Daí há que intentar possíveis relações entre os métodos de extracção e aparelhamento e as patologias apresentadas pelo Monumento. A Igreja de Santa Engrácia-Panteão Nacional,é pelas vicissitudes que acompanharam a sua construção um caso particular do Património Arquitectónico Português .A actual construção erguida na colina de Santa Clara,em Lisboa, é a terceira consagrada à invocação de Santa Engrácia.Um longo e tortuoso percurso foi percorrido desde o singelo templo da Segunda metade do século XVI, à nobre construção iniciada em 1632 que caiu arruinada antes do seu terminus, em 1681, e por último, ao grandioso edifício começado a erguer em 1682,ficando por concluir até à "decisão" de terminara obra,já nos anos 50-60 do nosso século, sob os auspícios da DGEMN É objectivo do Projecto SOLIS monografar o Monumento em todos estes aspectos,localizar a origem do material pétreo empregue na sua construção, reconstruir o estaleiro de obras montado para o efeito, perceber das causas técnicas possivelmente responsáveis pelo sucessivos insucessos da construção, avaliar os efeitos do tempo no edifício inacabado, sem cobertura durante quase três séculos e relacionar estes aspectos com possíveis patologias pétreas , tendo em conta métodos de extracção, transporte, aparelhamento, e colocação dos blocos na edificação. De igual modo, importa determinar as circunstâncias ideológico- políticas que levaram o regime do Estado Novo a decidir terminar o templo e transformá-lo em Panteão Nacional, como ficara determinado por Decreto- Lei de 29 de Abril de 1916 e, por fim, avaliar a campanha de obras do nosso século- as dificuldades técnicas encontradas, a proveniência da pedra e as tecnologias utilizadas- comparativamente às épocas anteriores e estabelecer relações causa-efeito entre as mesmas e a caracterização das patologias evidenciadas numa dinâmica de Preservação.
(NOTA: SOLIS era o nome do Cristão-Novo que, ao ser acusado de ter profanado a Igreja de Santa Engrácia em 1630, teria lançado a praga que as obras do templo nunca terminariam)
REF: POCTI/EAT/35063/99
Unidade de investigação principal: Centro de História da Universidade de Lisboa
Investigador responsável: Maria João Neto (ULisboa)
Equipa de investigação: Carlos Alberto Machado Figueiredo (ULisboa); Luís António Aires Barros (ULisboa); Manuel Batoréo (ULisboa); Maria Amélia Alves Rangel Dionísio (ULisboa); Maria João Pita de Azevedo Oliveira Basto (ULisboa); Rui Cores Graça (ULisboa); Vítor Serrão (ULisboa)
Bolseiros do projecto: Fernando Grilo (ULisboa)
Actualmente a necessidade de preservação do nosso Património Arquitectónico obriga a um conjunto de acções que passam pela investigação interdisciplinar abrangendo áreas da Arqueologia,à História da Arte,à Geologia,à Engenharia e à Arquitectura.O estudo da tecnologia da exploração de pedreiras históricas só muito recentemente tem ocupado grupos de trabalho nesta dinâmica interdisciplinar. Tornou-se fundamental o conhecimento de todo o processo que medeia entre a extracção da pedra e o trabalhar desta feito pelo canteiro no Monumento,o que passa pela identificação dos métodos de lavra, instrumentos utilizados,organização laboral existente,sistema de transporte de blocos,etc.Toda esta actividade está na base de um determinado plano mental-artístico que levou à produção de um projecto arquitectónico apoiado por um mecenas,por afirmação, devoção ou simples prazer estético. Assim,paralelamente ao estudo histórico-artístico de um Monumento,o conhecimento de todo este processo tecnológico é determinante na caracterização da proveniência dos materiais pétreos utilizados ao longo das campanhas de obras e de restauros.Daí há que intentar possíveis relações entre os métodos de extracção e aparelhamento e as patologias apresentadas pelo Monumento. A Igreja de Santa Engrácia-Panteão Nacional,é pelas vicissitudes que acompanharam a sua construção um caso particular do Património Arquitectónico Português .A actual construção erguida na colina de Santa Clara,em Lisboa, é a terceira consagrada à invocação de Santa Engrácia.Um longo e tortuoso percurso foi percorrido desde o singelo templo da Segunda metade do século XVI, à nobre construção iniciada em 1632 que caiu arruinada antes do seu terminus, em 1681, e por último, ao grandioso edifício começado a erguer em 1682,ficando por concluir até à "decisão" de terminara obra,já nos anos 50-60 do nosso século, sob os auspícios da DGEMN É objectivo do Projecto SOLIS monografar o Monumento em todos estes aspectos,localizar a origem do material pétreo empregue na sua construção, reconstruir o estaleiro de obras montado para o efeito, perceber das causas técnicas possivelmente responsáveis pelo sucessivos insucessos da construção, avaliar os efeitos do tempo no edifício inacabado, sem cobertura durante quase três séculos e relacionar estes aspectos com possíveis patologias pétreas , tendo em conta métodos de extracção, transporte, aparelhamento, e colocação dos blocos na edificação. De igual modo, importa determinar as circunstâncias ideológico- políticas que levaram o regime do Estado Novo a decidir terminar o templo e transformá-lo em Panteão Nacional, como ficara determinado por Decreto- Lei de 29 de Abril de 1916 e, por fim, avaliar a campanha de obras do nosso século- as dificuldades técnicas encontradas, a proveniência da pedra e as tecnologias utilizadas- comparativamente às épocas anteriores e estabelecer relações causa-efeito entre as mesmas e a caracterização das patologias evidenciadas numa dinâmica de Preservação.
(NOTA: SOLIS era o nome do Cristão-Novo que, ao ser acusado de ter profanado a Igreja de Santa Engrácia em 1630, teria lançado a praga que as obras do templo nunca terminariam)
Project status: Concluído
REF: POCTI/EAT/35063/99
Main research unit: Centre for History of the University of Lisbon
Principal Investigator: Maria João Neto (ULisboa)
Research team: Carlos Alberto Machado Figueiredo (ULisboa); Luís António Aires Barros (ULisboa); Manuel Batoréo (ULisboa); Maria Amélia Alves Rangel Dionísio (ULisboa); Maria João Pita de Azevedo Oliveira Basto (ULisboa); Rui Cores Graça (ULisboa); Vítor Serrão (ULisboa);
Project fellows: Fernando Grilo (ULisboa)
Today, the need to preserve Architectural Heritage leads to an interdisciplinary research including disciplines such as archaeology, history of art, geology, engineering, and architecture. The study of the technology used in the historical quarries only recently has occupied interdisciplinary research teams. The knowledge of the entire process, from stone extraction to carving by the masons became fundamental. It includes the identification of the carving methods, tools used, labour organisation, transportation methods, et cetera. All this activity is at the basis of a certain mental-artistic level that led to the production of an architectonic project supported by sponsors for affirmation, devotion or simple aesthetic pleasure. The historical-artistic study in tandem with the knowledge of the technological process are determining for the characterization of the provenance of the stones used during the building and restauration processes. Hence, the need to try to establish the connections between extraction methods and carving and the pathologies shown in the monument. The church of Saint Engrácia-National Pantheon is a particular case in the environment of the Portuguese Architectonic Heritage due to vicissitudes that walked hand-in-hand with its building. The present building raised on the hill of Saint Clara in Lisbon is the third consecrated to Saint Engrácia. A long and difficult path led between the simple temple built in the second half of the 16th century, to the rich building started in 1632 that has fallen in ruins before its conclusion in 1681; and lastly to the grandiose building whose construction began in 1682 but that was not concluded before a “decision” to end the construction in the 1950-60s under the aegis of DGEMN.
The mains purpose of SOLIS is to document in a book this monument in all its facets, locate the origins of the stone employed in its construction, rebuild the working courtyard assembled for its construction, understand the technicalities responsible for the consecutive building lack of success, assess the effects of time on the unfinished building – no roof for almost three centuries, and relate these vectors with possible stone pathologies taking into account extraction methodologies, transportations, carving, and final settlement of the carved blocs. Likewise, it is important to determine the ideological-political circumstances that led the Estado Novo regime to decide to finish the construction of the temple and transform it into the National Pantheon, as determined by the Decree of April 29, 1916. And finally, assess the building campaigns of the 20th century – technical difficulties met, provenance of the stone, and used technology – in comparison to earlier times, establishing cause-effect relations among them and characterize the underlined pathologies within a dynamic of preservation.
(SOLIS was the name of the New Christian who was accused of desecrating the Church of Saint Engrácia in 1630, and who would have cursed according to which the construction works would never end).
REF: POCTI/EAT/35063/99
Main research unit: Centre for History of the University of Lisbon
Principal Investigator: Maria João Neto (ULisboa)
Research team: Carlos Alberto Machado Figueiredo (ULisboa); Luís António Aires Barros (ULisboa); Manuel Batoréo (ULisboa); Maria Amélia Alves Rangel Dionísio (ULisboa); Maria João Pita de Azevedo Oliveira Basto (ULisboa); Rui Cores Graça (ULisboa); Vítor Serrão (ULisboa);
Project fellows: Fernando Grilo (ULisboa)
Today, the need to preserve Architectural Heritage leads to an interdisciplinary research including disciplines such as archaeology, history of art, geology, engineering, and architecture. The study of the technology used in the historical quarries only recently has occupied interdisciplinary research teams. The knowledge of the entire process, from stone extraction to carving by the masons became fundamental. It includes the identification of the carving methods, tools used, labour organisation, transportation methods, et cetera. All this activity is at the basis of a certain mental-artistic level that led to the production of an architectonic project supported by sponsors for affirmation, devotion or simple aesthetic pleasure. The historical-artistic study in tandem with the knowledge of the technological process are determining for the characterization of the provenance of the stones used during the building and restauration processes. Hence, the need to try to establish the connections between extraction methods and carving and the pathologies shown in the monument. The church of Saint Engrácia-National Pantheon is a particular case in the environment of the Portuguese Architectonic Heritage due to vicissitudes that walked hand-in-hand with its building. The present building raised on the hill of Saint Clara in Lisbon is the third consecrated to Saint Engrácia. A long and difficult path led between the simple temple built in the second half of the 16th century, to the rich building started in 1632 that has fallen in ruins before its conclusion in 1681; and lastly to the grandiose building whose construction began in 1682 but that was not concluded before a “decision” to end the construction in the 1950-60s under the aegis of DGEMN.
The mains purpose of SOLIS is to document in a book this monument in all its facets, locate the origins of the stone employed in its construction, rebuild the working courtyard assembled for its construction, understand the technicalities responsible for the consecutive building lack of success, assess the effects of time on the unfinished building – no roof for almost three centuries, and relate these vectors with possible stone pathologies taking into account extraction methodologies, transportations, carving, and final settlement of the carved blocs. Likewise, it is important to determine the ideological-political circumstances that led the Estado Novo regime to decide to finish the construction of the temple and transform it into the National Pantheon, as determined by the Decree of April 29, 1916. And finally, assess the building campaigns of the 20th century – technical difficulties met, provenance of the stone, and used technology – in comparison to earlier times, establishing cause-effect relations among them and characterize the underlined pathologies within a dynamic of preservation.
(SOLIS was the name of the New Christian who was accused of desecrating the Church of Saint Engrácia in 1630, and who would have cursed according to which the construction works would never end).