Workshop Edição electrónica de textos: o Livro da Noa Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 19 de Novembro de 2022 Sala C138.B | 10:15 Organização Covadonga Valdaliso Casanova (CH-ULisboa) Filipe Alves Moreira (IF-UP) Maria Amélia Álvaro de Campos (CHSC-UC) Rodrigo Furtado (CEC-UL) Carmen Benítez (U. Sevilha) Na sequência do Workshop de 7 de Julho, Iniciação à edição electrónica de textos, o Centro de História da Universidade de Lisboa, em colaboração com o Escritório Galego-Portugués Antigo (EGPA) e com o CEC-UL, o CHSC-UC, o IF-UP, a Universidad de Alcalá e a Universidad de Sevilla, organizam o Workshop Edição electrónica de textos: o Livro da Noa, a realizar no dia 19 de Novembro, a partir das 10h15, na Sala C138.B da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e conduzido por Ricardo Pichel (EGPA-U. Alcalá). Este Workshop é destinado a todos os interessados na edição electrónica de textos. O coordenador do EGPA, Ricardo Pichel, mostrará o processo de edição através de um dos projectos desenvolvidos nesta plataforma, a edição do Livro da Noa. Os assistentes participarão no processo através dos seus computadores, que terão acesso à edição. Informações e inscrições: [email protected] Descarregue o cartaz |
Conferência Verdade e Prova: Retórica, Literatura e História Roger Chartier Collège de France Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa 29 de Novembro de 2022 Anfiteatro III | 17:00 Apresentação Justino Magalhães (IE-ULisboa) José Damião Rodrigues (CH-ULisboa) Filipe Marques Fernandes (CH-ULisboa) Organização Justino Magalhães José Damião Rodrigues Centro de História da Universidade de Lisboa Instituto de Educação da Universidade de Lisboa Descarregue o cartaz Sobre Roger Chartier Roger Chartier é professor emérito do Collège de France, onde deteve a cátedra Écrit et cultures dans l’Europe moderne (2006-2016), e Annenberg Visiting Professor na University of Pennsylvania desde 2001. Foi assistente de História Moderna na Université de Paris I Panthéon-Sorbonne (1970-1975), maître de conférences (1975-1983) e directeur d’études (1984-2006) na École des hautes études en sciences sociales, assim como Andrew D. White Professor-at-Large na Cornell University (1996-2001) e Weidenfeld Visiting Professor of European Comparative Literature na University of Oxford (2009-2010). O historiador francês é, desde 2018, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Lisboa. Roger Chartier dedica a sua investigação, na tradição da Escola dos Annales, à história do livro, da edição, da leitura, do ensino e da cultura escrita na Europa moderna. Definindo conceitos como “prática”, “representação” e “apropriação”, o texto e a sua leitura são vistos como produtos da interpretação dos leitores e de estratégias culturais, sujeitos a hábitos sociais de leitura que envolvem usos, espacialidades e variações temporais. A reflexão historiográfica que propõe desenvolve-se, portanto, em torno de três eixos: a análise crítica dos textos compreendidos à luz da intervenção de todos os agentes envolvidos na sua produção e recepção, e das suas intencionalidades e expedientes; as materialidades da escrita ou o livro impresso enquanto meio físico de transmissão do texto; e o estudo das práticas de significação atribuídas por indivíduos ou grupos. De entre a sua extensa e traduzida produção bibliográfica destacam-se obras como: Won in Translation. Textual Mobility in Early Modern Europe (Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2022); Éditer et traduire. Mobilité et Matérialité des Textes (XVIe-XVIIIe siècles) (Paris: EHESS, Gallimard, 2021); The Autor’s Hand and the Printer’s Mind: Transformations of the Written Word in Early Modern Europe (Cambridge: Polity Press, 2014); Cardenio entre Cervantès et Shakespeare. Histoire d’une pièce perdue (Paris: Gallimard, 2011); Identités d’auteur dans l’Antiquité et la tradition européenne (Grenoble: Éditions Jérôme Millon, 2004), co-editada com C. Calame; Au bord de la falaise. L'histoire entre certitude et inquiétude (Paris: Albin Michel, 1998); Storia della lettura nel mondo Occidentale (Roma: Editori Laterza, 1995), co-direcção de Guglielmo Cavallo; L'Ordre des livres. Lecteurs, auteurs, bibliothèques en Europe entre XIVe et XVIIIe siècle (Aix-en-Provence: Alinéa, 1992); Les Origines culturelles de la Révolution française (Paris: Éditions du Seuil, 1990); Les Usages de l’Imprimé (XVe-XIXe siècle) (Paris: Fayard, 1987); Lectures et lecteurs dans la France de l’Ancien Régime (Paris: Éditions du Seuil, 1987); Histoire de l'Édition Française (Paris: Promodis, 1982-1986) em 4 volumes e com co-direcção de H.-J. Martin; L'Éducation en France du XVIe au XVIIIe siècle (Paris: SEDES, 1976). Modalidades de assistência Esta conferência será presencial e de acesso livre, havendo a possibilidade de assistência virtual via Zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/97012688400?pwd=QkluUzNyUlJKQjJDUVk1S1lLVkRpZz09.
Apresentação
Neste momento fecha-se um ciclo: o da elaboração de um “estado de arte” e aprofundamento de saberes em torno da expedição de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano. Em 2019, no XVI Simpósio de História Marítima iniciou-se esta jornada, subordinando os trabalhos desse encontro ao tópico Fernão de Magalhães e o conhecimento dos Oceanos e em 2021 prosseguiu-se nessa senda, reflectindo o II Simpósio de História do Oriente sobre Magalhães e Elcano e a exploração das “Pacíficas às Índicas águas”. Agora, em 2022 estudar-se-ão os últimos meses de viagem e as repercussões da mesma, sob o signo de Magalhães e Elcano: do ocaso de uma expedição à génese de um mundo global. A 20 de setembro de 1519 partiu de Sanlúcar de Barrameda em direção às Molucas uma armada de cinco naus, capitaneada por Fernão de Magalhães, a qual, seguindo a rota para ocidente, navegaria no Atlântico até à zona mais meridional do continente americano. Já reduzida a 3 navios, as naus Victoria, Trinidad e Concepción, conseguiria, a 28 de novembro de 1520, atingir o Oceano “Pacífico”, explorando-o no ano seguinte. A 27 de abril de 1521 Fernão de Magalhães morreria em Mactan e a 8 de novembro as naus Trinidad, sob o comando de Gonzalo Gómez Espinosa, e Victoria, capitaneada por Juan Sebastián Elcano, atingiriam Tidore, arribando às desejadas “ilhas do cravo”. Daí partiria a Victoria a 21 de dezembro desse mesmo ano, levando a bordo 60 homens e uma carga de cravinho. Destes, só 18 chegariam a Sevilha a 8 de setembro de 1522. A abordagem conceptual usada pela História Global, ao procurar integrar o conhecimento sobre o Mundo e os Outros, oferece-nos os instrumentos a usar nesta problematização, ao privilegiar o estudo sobre as redes e suas conexões, circulações e apropriações, permitindo ampliar os conhecimentos sobre os espaços oceânicos. Os problemas sentidos ao longo da viagem nos vários exercícios da arte de navegar, as disputas diplomáticas, o relato do encontro com diferentes povos, as narrativas sobre as novas experiências, enfim o dar a conhecer um mundo de “novidades” que integram novas escalas globais oceânicas, irradiando múltiplos movimentos económicos, sociais, políticos, culturais... são tópicos que continuaremos a estudar. A Academia de Marinha promove, nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2022, a realização do XVII Simpósio de História Marítima, dedicado ao tema Magalhães e Elcano: do ocaso de uma expedição à génese de um mundo global. Ao longo dos três dias de trabalho abordar-se-ão os seguintes temas:
Resumos das comunicações
Luís Filipe Barreto, "From Dangerous Outsider to Informal Partner: The Portuguese Connection in the Ming South China Sea" Five hundred years ago, in 1522 (August 4 to 18), in the South China Sea Pearl River Delta, the Portuguese and Chinese state powers were in "full war"/"total guerra" (João de Barros, 1563). Four hundred years ago, in 1622 (June 21 to 24), in the South China Sea Macau Island, in the Pearl River Delta, Dutch and Portuguese military powers were also in full war. In 1522, the Portuguese were defeated in the first naval war between Western and Chinese maritime powers. In 1622, the Dutch lost the first great battle between westerners in the South China Sea. Five hundred years ago, in the Ming South China Sea, the Portuguese/“folangji” were regarded as dangerous outsiders. Four hundred years ago, the Portuguese defended Macau, an open Sino-Portuguese international city and a port on a Chinese island of the Pearl River Delta, Guangdong province, from the attack of a European naval power. At this time, the Portuguese of Macao were less "folangji" and more people that had arrived from the western sea, Portugal/"Pulidujia" (1565). Between 1621 and 1647, Portuguese military expeditions from Macau are found in the Great Wall supporting the Ming against the Manchu. How could this change happen? What was the process that led the Portuguese into the Ming South China Sea? With the Cape Route, the Portuguese arrived in the Indian Ocean/Calicut in 1498. This marks the beginning of the reception of some information about the South China/Guangdong province, Zeng He maritime expeditions, and Melaka as the gate of the maritime trade of Ming China; it was also the beginning of the consumption of Chinese commodities. The first step of the process of connection and accommodation. The purpose of this conference is to analyze some of the central features of this process. Elisabetta Colla, “Mazu, Macau and Maritime Exchange: The Spiritual World of Seafarers” In line with topics already studied and presented in the monograph The mazu cult: historical studies and cross-cultural comparisons (2017), this paper aims to revisit the centrality of Mazu goddess as part of a religious system aimed at negotiating the relationship between the thalassographic and the human worlds. In the past, as well in the present, taking the Sea has meant facing perilous waters, the danger of sinking and the eventuality of not getting back home. For many reasons, not least the attack from pirates, sailing along the South China Sea coast in direction of the Southeast Asia, as well as in other long-distance voyages, has being considered by seafarers an unpredictable journey. In this context, one can observe the rise of local cults aimed at respond to the diverse seafarer’s request for protection, suppliant’s appeal addressed to diverse local gods and goddess, among which Mazu has being probably considered the most powerful. Jorge Semedo de Matos, “Portuguese and Spanish Rutters and Routes Related to the China Sea after Ferdinand Magellan’s Voyage” The arrival of Ferdinand Magellan in the Philippines in 1521 opened a sea route connecting Central America and the Philippines, which gained a definitive expression when Lopez de Legaspi established himself on these islands, and Andres de Urdaneta found a sea route back to America. Especially after Legazpi's establishment in Manila on the island of Luzon in 1571, American silver entered the circuit of Southeast Asian trade. Manila's connections with China were immediate. At the beginning of the next century, the Portuguese, established in Malacca and Macau, entered this circuit in a very close partnership with the Spanish. This placed the two Iberian peoples on the trade routes that linked the three cities (Malacca, Manila and Macau) and their connection through the Pacific to Central America. New rutters from these routes were written in Portuguese and Castilian languages and related to their navigation technique. I will speak about these rutters and itineraries in my paper.
António Ventura e Maria da Graça A. Mateus Ventura, investigadores do CH-ULisboa, foram galardoados pela Academia Portuguesa da História com os Prémios Fundação Calouste Gulbenkian: História Moderna e Contemporânea de Portugal (2022) e Fundação Calouste Gulbenkian: História da Presença de Portugal no Mundo (2022), respectivamente, pelo seus mais recentes livros: Nuno Rodrigues dos Santos: coerência e convicção (Lisboa: Assembleia da República, 2022) e Por este mar adentro. Êxitos e fracassos de mareantes e emigrantes algarvios na América hispânica (Lisboa: Tinta-da-china, 2021). A cerimónia de entrega dos prémios da Academia Portuguesa da História ocorrerá no próximo dia 7 de Dezembro de 2022, pelas 15 horas, na sede da Academia.
Mais se informa que o livro de António Ventura será apresentado na Biblioteca Passos Manuel, no Palácio de São Bento, no dia 16 de Novembro de 2022 pelas 18h. A apresentação estará a cargo do Deputado Pedro Delgado Alves, coordenador do Grupo de Trabalho para os Assuntos Culturais.
Este livro, coorganizado pela investigadora do CH-ULisboa Maria Alexandre Lousada, reúne uma seleção de textos apresentados no Congresso Internacional do Bicentenário da Revolução de 1820 (Lisboa, Assembleia da República e Fundação Calouste Gulbenkian, 11 a 13 de outubro de 2021), entre os quais se contam trabalhos da autoria dos investigadores do CH-ULisboa Daniel Estudante Protásio, Jordi Roca Vernet e Ricardo de Brito.
Consulte a página da editora aqui para mais informações. Apresentação do livro A sessão de lançamento terá lugar na Biblioteca Passos Manuel, no Palácio de São Bento, no dia 15 de Novembro de 2022 às 18 horas. A obra será apresentada por Isabel Corrêa da Silva e por Pedro Tavares de Almeida. |
Candidaturas abertasPrograma Interuniversitário de Doutoramento em História: mudança e continuidade num mundo global (PIUDHist) 2023-2024
Bolsa de Doutoramento Pedro Almeida Ferreira - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Chamadas / CallsCiclo de Seminários
2023-2024 Caminhos da Historiografia: História e Ciências Sociais dos anos 40 à atualidade Prazos: 25 de Abril e 31 de Julho ExposiçõesCiclos CH-ULisboaNewsletter CH-ULisboaSubscreva a nossa newsletter
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