XVII Simpósio de História Marítima: Magalhães e Elcano. Do Ocaso de uma Expedição à Génese de um Mundo Global Auditório da Academia de Marinha 22-24 de Novembro de 2022 Comissão Organizadora Francisco Vidal Abreu (Presidente) António Rocha de Freitas (Secretário) Ana Paula Avelar (Vogal) José Manuel Maia (Vogal) Sónia Aires Lima (Vogal) Vítor Gaspar Rodrigues (Vogal) Comissão Científica Juan Marchena Fernández † (Presidente) Vítor Gaspar Rodrigues (Presidente) António Rocha de Freitas (Secretário) Ana Paula Avelar (Vogal) António Costa Canas (Vogal) João Telles e Cunha (Vogal) Jorge Semedo de Matos (Vogal) José Manuel Nuñez de la Fuente (Vogal) Juan Manuel Santana (Vogal) Judite Mendonça do Nascimento (Vogal) Organização Marinha Portuguesa Academia de Marinha Centro de História da Universidade de Lisboa Universidade Aberta Missão do V Centenário da Primeira Viagem de Circum-Navegação | Descarregue o flyer, o cartaz e o livro de resumos Inscrições As incrições para assistir ao evento são efetuadas junto da Secretaria da Academia de Marinha, quer através do email [email protected], ou pelos telefones 210984709/08. |
Neste momento fecha-se um ciclo: o da elaboração de um “estado de arte” e aprofundamento de saberes em torno da expedição de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano. Em 2019, no XVI Simpósio de História Marítima iniciou-se esta jornada, subordinando os trabalhos desse encontro ao tópico Fernão de Magalhães e o conhecimento dos Oceanos e em 2021 prosseguiu-se nessa senda, reflectindo o II Simpósio de História do Oriente sobre Magalhães e Elcano e a exploração das “Pacíficas às Índicas águas”. Agora, em 2022 estudar-se-ão os últimos meses de viagem e as repercussões da mesma, sob o signo de Magalhães e Elcano: do ocaso de uma expedição à génese de um mundo global.
A 20 de setembro de 1519 partiu de Sanlúcar de Barrameda em direção às Molucas uma armada de cinco naus, capitaneada por Fernão de Magalhães, a qual, seguindo a rota para ocidente, navegaria no Atlântico até à zona mais meridional do continente americano. Já reduzida a 3 navios, as naus Victoria, Trinidad e Concepción, conseguiria, a 28 de novembro de 1520, atingir o Oceano “Pacífico”, explorando-o no ano seguinte. A 27 de abril de 1521 Fernão de Magalhães morreria em Mactan e a 8 de novembro as naus Trinidad, sob o comando de Gonzalo Gómez Espinosa, e Victoria, capitaneada por Juan Sebastián Elcano, atingiriam Tidore, arribando às desejadas “ilhas do cravo”. Daí partiria a Victoria a 21 de dezembro desse mesmo ano, levando a bordo 60 homens e uma carga de cravinho. Destes, só 18 chegariam a Sevilha a 8 de setembro de 1522.
A abordagem conceptual usada pela História Global, ao procurar integrar o conhecimento sobre o Mundo e os Outros, oferece-nos os instrumentos a usar nesta problematização, ao privilegiar o estudo sobre as redes e suas conexões, circulações e apropriações, permitindo ampliar os conhecimentos sobre os espaços oceânicos.
Os problemas sentidos ao longo da viagem nos vários exercícios da arte de navegar, as disputas diplomáticas, o relato do encontro com diferentes povos, as narrativas sobre as novas experiências, enfim o dar a conhecer um mundo de “novidades” que integram novas escalas globais oceânicas, irradiando múltiplos movimentos económicos, sociais, políticos, culturais... são tópicos que continuaremos a estudar.
A Academia de Marinha promove, nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2022, a realização do XVII Simpósio de História Marítima, dedicado ao tema Magalhães e Elcano: do ocaso de uma expedição à génese de um mundo global.
Ao longo dos três dias de trabalho abordar-se-ão os seguintes temas:
- Dos oceanos, da fauna e da flora;
- Da náutica, cartografia e arte de navegar;
- Dos agentes e da sua ação;
- o encontro de culturas;
- Da génese de um mundo global.