Filipe Zau Reitor da Universidade Independente de Angola Apesar de a Língua Portuguesa, enquanto língua oficial e de escolaridade, não ser suficientemente dominada pela maioria da população dos PALOP, sobretudo nos meios rurais e peri-urbanos, o discurso pedagógico nas suas escolas primárias é feito exclusivamente neste idioma. Por ausência de uma adequada comunicação entre professor/alunos, o processo de ensino/aprendizagem é deficiente e a diglossia, que é um facto, abre espaço para a glotofagia, quando o que se deseja é o bilinguismo em contexto multicultural. Se encararmos como fins da educação não só a actividade laboral e o exercício pleno da cidadania, mas, também, o relevante papel da cultura na formação de recursos humanos, por ausência de uma efectiva cooperação entre a Língua Portuguesa e as Línguas Africanas, os programas direccionados para o progresso económico e social poderão continuar a não dar respostas desejadas, tendo em vista um desenvolvimento endógeno. Coordenação: Inocência Mata e Catarina Gaspar Mais informações: Descarregar Cartaz |