Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Anfiteatro III, 13 de Setembro de 2017
Nas últimas décadas, devido ao incentivo de várias instituições como por exemplo a Rothschild Foundation, tem-se assistido a um acréscimo do interesse pelo tema dos manuscritos judaicos medievais, inclusivamente na Península Ibérica, com assinaláveis resultados ao nível da investigação arquivística e da apresentação dos respectivos resultados. Na verdade, trata-se de uma continuação dos trabalhos de investigação e interpretação empreendidos por autores consagrados sobre o tema, quer em Espanha, quer em Portugal, ao nível das histórias nacionais e locais. É certo que na Península Ibérica contamos com realidades distintas, quer no que respeita ao espaço geográfico das comunidades judaicas e suas idiossincrasias, quer ao nível dos documentos ao dispor (que resistiram ao tempo), de região para região: quantitativos, diferente tipologia documental, alfabetos e línguas em que estão redigidos.Para abarcar toda esta diversidade documental partimos do pressuposto de considerar “manuscritos judaicos medievais” toda a documentação manuscrita medieval produzida ou co-produzida pelos judeus - assinando ou não estes os documentos, mas de qualquer forma estando presentes no acto jurídico (ou outro) que lhes diz respeito (é este caso mais comum em Portugal) - escrita em caracteres hebraicos, arábicos ou latinos, e em Hebraico ou nas diversas línguas peninsulares. Entrada livre, mediante inscrição prévia. |