E Depois Morri! Cultos, Ritos e Práticas Funerárias na Antiguidade De 24 de Novembro a 14 de Dezembro Docência Sofia Vasconcelos Nunes Organização Sofia Vasconcelos Nunes Nuno Simões Rodrigues Descarregar programa completo do curso Para inscrições, enviar mensagem para o seguinte endereço: [email protected] |
O mistério acerca da vida e da morte, tema absolutamente central e inquietante para o Homem desde os primórdios da humanidade, coloca-o, como ser no mundo e para o mundo, perante a dilacerante consciência do binómio ontológico tensional que o caracteriza e define, ou seja, o ser um vivente apontado simultaneamente para a vida e para a morte.
A constatação da morte em tudo o que vive, e da vida em tudo o que morre, ciclo eterno, ritualizado e actualizado, desde logo, nos primitivos cultos agrários, irá conduzir o Homem, progressivamente, a uma ritualização e sacralização da morte. A morte deixa, assim, de ser uma presença desconhecida e disruptiva no devir humano e torna-se, gradualmente, num momento integrado no grande e eterno ciclo natural de morte e renascimento.
A compreensão da relação fusional que une o Homem a esse permanente ciclo regenerativo da natureza conduzi-lo-á, num lento depuramento do entendimento dessa relação, a uma vivência ritualizada e cultuada que coloca, agora, em paralelo ou em simultaneidade, cultos agrários e cultos funerários.
Estas práticas, cumpridas pelos vivos em torno da morte e dos seus defuntos, característica fundante de todas as sociedades humanas, irão caracterizar-se, nas diversas tradições do globo e ao longo dos séculos, por um conjunto de ritos, mitos e costumes que manifestam, em muitos dos casos, uma consonância de visões, medos e anseios que evidenciam, no final, a universalidade do pensamento humano.
O nosso curso percorrerá, assim, na senda desse mesmo pensamento, umas vezes unívoco outras vezes multívoco, no seio de algumas tradições do mundo antigo.