Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, sala D. Pedro V - 18 Mai. 2016 Org.: Centro de História da Universidade de Lisboa As relações entre Angola e Brasil foram sempre mais além do tráfico de escravos. Brasileiros cumpriram degredo em Angola, entre os quais seis dos inconfidentes mineiros; jovens angolanos estudaram no Rio de Janeiro; panfletos a festejar a Revolução Pernambucana circularam clandestinamente em Luanda; e, em 1822, rebeliões em Luanda e Benguela pediram a separação de Angola de Portugal e a sua união ao Brasil independente. Sessenta anos mais tarde, tais eventos eram saudados pela imprensa republicana dos “filhos do país” em Luanda como precursores da ideia de independência de Angola, e o Brasil, apontado como um exemplo a seguir. Nesta apresentação, queremos refletir sobre a hipótese dessas iniciativas favoráveis à união de Angola com o Brasil serem interpretadas como estando na origem da criação de um pensamento nacionalista angolano, apresentado em finais do mesmo século por jornalistas republicanos e derrotado com a vitória do projeto colonial. |